Page 128 - Revista ATO Ano 4 N 4
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A economia pulsional, o gozo e sua lógicaA clínica com a criança
meá-los em uma síndrome.
No entanto, a psicose, enquanto esquizofrenia no DSM–5,
tem como características essenciais a presença de delírios
(persecutórios, de grandeza, erotomaníacos, de retirada ou
inserção de pensamento, de controle, entre outros), aluci-
nações, desordem do pensamento, alterações motoras, sin-
tomas negativos (expressão emocional diminuída, falta de
sociabilidade), entre outros.
Uma visão a partir da clínica psicanalítica
Pensaremos agora as particularidades da clínica com o au-
tismo e a clínica da psicose infantil. Tentaremos trazer dois
pontos de orientação diagnóstica – o Outro e o gozo – e,
assim, buscaremos diferenciar autismo e psicose para além
dos sintomas fenomenológicos.
Para a psicanálise, o autismo pode ser compreendido como
uma forma específica da constituição psíquica, no qual re-
conhecemos uma peculiaridade na relação com o Outro.
Seguindo a leitura de Rosine e Robert Lefort, o autismo
apresentaria a especificidade da inexistência do Outro e
consequentemente a inexistência do outro (a’) enquanto
semelhante. Rosine Lefort (1984) afirma que muitas vezes
somos um objeto dentre outros objetos para o autista.
128 Revista da ATO – escola de psicanálise, Belo Horizonte, ano 4, n. 4, p. 121-137, 2018
meá-los em uma síndrome.
No entanto, a psicose, enquanto esquizofrenia no DSM–5,
tem como características essenciais a presença de delírios
(persecutórios, de grandeza, erotomaníacos, de retirada ou
inserção de pensamento, de controle, entre outros), aluci-
nações, desordem do pensamento, alterações motoras, sin-
tomas negativos (expressão emocional diminuída, falta de
sociabilidade), entre outros.
Uma visão a partir da clínica psicanalítica
Pensaremos agora as particularidades da clínica com o au-
tismo e a clínica da psicose infantil. Tentaremos trazer dois
pontos de orientação diagnóstica – o Outro e o gozo – e,
assim, buscaremos diferenciar autismo e psicose para além
dos sintomas fenomenológicos.
Para a psicanálise, o autismo pode ser compreendido como
uma forma específica da constituição psíquica, no qual re-
conhecemos uma peculiaridade na relação com o Outro.
Seguindo a leitura de Rosine e Robert Lefort, o autismo
apresentaria a especificidade da inexistência do Outro e
consequentemente a inexistência do outro (a’) enquanto
semelhante. Rosine Lefort (1984) afirma que muitas vezes
somos um objeto dentre outros objetos para o autista.
128 Revista da ATO – escola de psicanálise, Belo Horizonte, ano 4, n. 4, p. 121-137, 2018
