Page 133 - Revista ATO Ano 4 N 4
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Regina MacênaA economia pulsional, o gozo e sua lógica
saltamos que esse diagnóstico não se baseia na deficiência,
mas sim no modo de cada um ser no mundo, na inscrição
dos operadores lógicos psíquicos. Pensando então na pro-
posta da clínica analítica, podemos nos orientar na relação
do sujeito como Outro e com o gozo também no atendi-
mento da criança.
A estrutura não-decidida
Na infância, podemos perceber alguns desses pontos de
estruturação se apresentando, o que nos daria um indica-
tivo do destino possível da constituição psíquica. Contudo,
sabemos que não há determinação da estrutura principal-
mente quando falamos de crianças pequenas e bebês. Os
indicativos de sinais de risco de constituição autística no
bebê NÃO podem ser confundidos com diagnóstico de au-
tismo (TEA).
Sabemos que a análise produz efeitos no sujeito, mesmo
em constituição. Não estamos, com isso, sustentando uma
mudança na estrutura do sujeito como resultado da análise.
Estamos, sim, afirmando que, quando se trata da análise de
crianças ainda muito novas e bebês – anteriores à dissolu-
ção do Complexo de Édipo –, o sujeito pode se posicionar
de outra forma diante da castração. Isso é o que a clínica
nos ensina.
Revista da ATO – escola de psicanálise, Belo Horizonte, ano 4, n. 4, p. 121-137, 2018 133
saltamos que esse diagnóstico não se baseia na deficiência,
mas sim no modo de cada um ser no mundo, na inscrição
dos operadores lógicos psíquicos. Pensando então na pro-
posta da clínica analítica, podemos nos orientar na relação
do sujeito como Outro e com o gozo também no atendi-
mento da criança.
A estrutura não-decidida
Na infância, podemos perceber alguns desses pontos de
estruturação se apresentando, o que nos daria um indica-
tivo do destino possível da constituição psíquica. Contudo,
sabemos que não há determinação da estrutura principal-
mente quando falamos de crianças pequenas e bebês. Os
indicativos de sinais de risco de constituição autística no
bebê NÃO podem ser confundidos com diagnóstico de au-
tismo (TEA).
Sabemos que a análise produz efeitos no sujeito, mesmo
em constituição. Não estamos, com isso, sustentando uma
mudança na estrutura do sujeito como resultado da análise.
Estamos, sim, afirmando que, quando se trata da análise de
crianças ainda muito novas e bebês – anteriores à dissolu-
ção do Complexo de Édipo –, o sujeito pode se posicionar
de outra forma diante da castração. Isso é o que a clínica
nos ensina.
Revista da ATO – escola de psicanálise, Belo Horizonte, ano 4, n. 4, p. 121-137, 2018 133