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angústia, nominação realAngústia, nominação real
subjetiva, que deve servir de baliza, de sinalização. Lacan
diz que é necessário suscitar a angústia, não silenciá-la, mas
que cabe dosá-la, de forma que o sujeito possa suportar.
Lacan reutiliza o esquema ótico no Seminário
da Angústia para falar do lugar do objeto a. A novidade é
justamente concebê-lo como causa. Ele diz que “o objeto
a não deve ser situado em coisa alguma que seja análoga
à intencionalidade de uma noese” (LACAN, 2005, p.114).
“... o objeto está atrás do desejo” (LACAN, 2005, p. 115).
O objeto deve ser situado ausseres, no exterior,
mas, por outro lado, a satisfação só se realiza na medida
em que se liga a alguma coisa no interior do corpo, inneres.
a Ax
eu não eu
O eu e o não eu
A ideia de causa é “de um exterior de antes de
uma certa interiorização, que se situa em a, antes que o
sujeito, no lugar do Outro, capte-se na forma especular, em
x, forma esta que introduz para ele a distinção entre o eu e
o não eu” (LACAN, 2005, p.115).
Lacan utiliza o fetiche para exemplificar o objeto
causa de desejo. O que se deseja não é o sapato ou o seio. O
fetiche é a condição mediante a qual se sustenta o desejo.
Ele causa o desejo.
100 Revista da Ato – Escola de psicanálise, Belo Horizonte, Angústia, Ano I n. 0, pp. 97-109, 2015
subjetiva, que deve servir de baliza, de sinalização. Lacan
diz que é necessário suscitar a angústia, não silenciá-la, mas
que cabe dosá-la, de forma que o sujeito possa suportar.
Lacan reutiliza o esquema ótico no Seminário
da Angústia para falar do lugar do objeto a. A novidade é
justamente concebê-lo como causa. Ele diz que “o objeto
a não deve ser situado em coisa alguma que seja análoga
à intencionalidade de uma noese” (LACAN, 2005, p.114).
“... o objeto está atrás do desejo” (LACAN, 2005, p. 115).
O objeto deve ser situado ausseres, no exterior,
mas, por outro lado, a satisfação só se realiza na medida
em que se liga a alguma coisa no interior do corpo, inneres.
a Ax
eu não eu
O eu e o não eu
A ideia de causa é “de um exterior de antes de
uma certa interiorização, que se situa em a, antes que o
sujeito, no lugar do Outro, capte-se na forma especular, em
x, forma esta que introduz para ele a distinção entre o eu e
o não eu” (LACAN, 2005, p.115).
Lacan utiliza o fetiche para exemplificar o objeto
causa de desejo. O que se deseja não é o sapato ou o seio. O
fetiche é a condição mediante a qual se sustenta o desejo.
Ele causa o desejo.
100 Revista da Ato – Escola de psicanálise, Belo Horizonte, Angústia, Ano I n. 0, pp. 97-109, 2015