Page 14 - Revista Ato - O Nó e a Clínica - Ano 3 / nº2
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Elaborações que nos remetem ao campo do “buraco”.O Nó e a Clínica

real do impossível do sexo, é no qual se encontra o ponto de
trabalho numa operação analítica.

Ao tentar descrever a estrutura do ser falante,
Lacan busca compreender como se enodam neste ser os
registros real, simbólico e imaginário.

Os efeitos desse planeamento, esclarece, leva à
pratica de um discurso e a algo que ele, a partir de Freud
chama de identificação tripla.

Sobre isso da identificação e ainda aprisiona-
mento a um ideal, Freud e Lacan ressaltam algo que nos
remete a questão da vida e morte. Corpo, morte e vida, re-
tornando ao nó, um nó que a psicanálise propõe tratar de
forma lógica e entrecruzada pelos desdobramentos contin-
gentes por sermos falantes, assim estruturalmente marca-
dos pela falha.

Para concluir, se nesse jogo é preciso não
desconhecer o real, sabemos que uma análise não opera
sem o sentido, assim “que se diga”, mas para que algo
opere, “por trás daquilo que se ouve”, faz-se necessário
um percurso, pois no discurso analítico estamos reduzidos
à não relação, o que nos confere a possibilidade de uma
escuta outra disso que perpassa pela materialidade de um
saber inconsciente.

Summary: We will deepen the studies proposed
by Lacan, which he called topological, wondering
what would be his object of interest, since he states
[ ... ] “that a topology is required [...]” ( LACAN,
1973) .

14 Revista da ATO - escola de psicanálise, Belo Horizonte, O Nó e a Clínica, Ano III, n. 2, pp. 9-15, 2016
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