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Marisa G. Cunha Martins
R IR I

SS

(Seminário 23, 2007, p. 21)

Guerra, em sua observação clínica, traz um
comentário a esse respeito.

O importante a destacar nessa passagem do nó de três para o Sintoma / Sinthoma
nó de quatro aros é a sustentação da amarração por este quarto
elemento, podendo qualquer sujeito, a princípio, fabricá-lo. 41
E, em sua repercussão clínica, verificarmos que o Simbólico
avançando sobre o Sinthoma (no reforço que forma com ele),
pode se estender até certo limite quando, do uso do gozo do
sinthoma que resta, o sujeito poderá extrair um savoir-y-faire
com esse resto sinthomático. Podemos associar esse resto,
que não desaparece, ao rochedo da castração, ao gozo opaco
que resta inanalisável, e do qual o sujeito aprenderá a fazer
novo uso (GUERRA et al., 2008, p. s/n).

Para essa autora, Lacan vai avançando em suas
apresentações do nó sem se decidir quanto a um nó espe-
cífico para a psicose. Ele comenta que, na paranoia, o su-
jeito, ao enodar a três o imaginário, o simbólico e o real, ele
é suportado somente pela continuidade desses registros,
formando assim “um grude imaginário”.

Revista da ATO – escola de psicanálise, Belo Horizonte, Inibição, sintoma, angústia, Ano II n. 1, pp. 35-46, 2016
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