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Crasso Campanha Parente
ça sua demanda ao analista na posição de Outro, de sujeito
suposto saber sobre o seu sintoma. Mas o analista, portan-
do o desejo do analista, não permite gozar dessa posição.
Ele não responde do lugar do Outro, o que reproduziria a
alienação e afânise do sujeito. Ele opera com o discurso do
analista, que traz para cima da barra do recalque o fantas-
ma, criando condições para a sua construção.
O analista se coloca como agente do discurso do
analista, causando efeitos sobre o sujeito do inconsciente
(S). Ele faz operar o matema do fantasma invertido, a->
S. O analista se oferece como semblante de objeto a causa
de desejo no discurso do analista. Nessa posição, ele faz
operar o processo de separação na relação como o Outro, angústia, nominação real
fazendo surgir o sujeito do inconsciente anteriormente
afanisado e sob a barra do recalque no discurso do mestre.
O ato analítico age sobre o significante binário produzido
pelo paciente em associação livre, dividindo o S2, ao qual
o sujeito está alienado, em símbolo e sintoma, dividindo
o sujeito, fazendo reaparecer o sujeito do inconsciente, S,
como perda de gozo do sentido.
O surgimento do sujeito do inconsciente facilita-
rá a operação do matema do fantasma (S<>a), produzindo
sob a barra do recalque o S1, que diz da verdade do sintoma
desse sujeito. Cada sujeito apresenta um sintoma próprio
que diz de sua versão do pai, o sinthoma. O discurso do
analista vai permitir que se elabore uma pergunta sobre o
desejo do Outro, “O que o Outro quer de mim?”. Essa per-
Revista da Ato – Escola de psicanálise | Belo Horizonte | Angústia | Ano I n. 0 | 2015 31
ça sua demanda ao analista na posição de Outro, de sujeito
suposto saber sobre o seu sintoma. Mas o analista, portan-
do o desejo do analista, não permite gozar dessa posição.
Ele não responde do lugar do Outro, o que reproduziria a
alienação e afânise do sujeito. Ele opera com o discurso do
analista, que traz para cima da barra do recalque o fantas-
ma, criando condições para a sua construção.
O analista se coloca como agente do discurso do
analista, causando efeitos sobre o sujeito do inconsciente
(S). Ele faz operar o matema do fantasma invertido, a->
S. O analista se oferece como semblante de objeto a causa
de desejo no discurso do analista. Nessa posição, ele faz
operar o processo de separação na relação como o Outro, angústia, nominação real
fazendo surgir o sujeito do inconsciente anteriormente
afanisado e sob a barra do recalque no discurso do mestre.
O ato analítico age sobre o significante binário produzido
pelo paciente em associação livre, dividindo o S2, ao qual
o sujeito está alienado, em símbolo e sintoma, dividindo
o sujeito, fazendo reaparecer o sujeito do inconsciente, S,
como perda de gozo do sentido.
O surgimento do sujeito do inconsciente facilita-
rá a operação do matema do fantasma (S<>a), produzindo
sob a barra do recalque o S1, que diz da verdade do sintoma
desse sujeito. Cada sujeito apresenta um sintoma próprio
que diz de sua versão do pai, o sinthoma. O discurso do
analista vai permitir que se elabore uma pergunta sobre o
desejo do Outro, “O que o Outro quer de mim?”. Essa per-
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