Page 198 - revista_ato (1)
P. 198
efeitos da transmissãoA conversação nas escolas e o desejo do analista
instituição como para os professores, o sujeito que encar-
na o impossível para o Outro. Eles são “o sintoma na mira
do Outro” (SANTIAGO, 2008, p. 114). Segundo a autora,
a pesquisa intervenção “busca contemplar a dimensão da
subjetividade para ir além da mera constatação do proble-
ma” (SANTIAGO, 2008, p. 114). Seu desafio está na trans-
missão de efeitos terapêuticos e na formação dos pesquisa-
dores naquilo que os próprios sujeitos nos ensinam sobre
seus problemas. Assim, o “Me inclui fora dessa” é uma fala
de um adolescente que participou das Conversações pro-
postas por Célio Garcia em um dos laboratórios do CIEN,
por diversos momentos, tentaram “incluir” o analista no
discurso daquele que é o detentor do saber.
O trabalho se fará efetivo quando o analista,
estando avisado disso, ao ser incluído no circuito das
angustias e dos sintomas dos professores e dos adolescentes,
sustente seu lugar de suposto saber, apoiado em seu desejo
e na ética do bem-dizer, e se mantenha incluído fora dessa.
Sustentar o lugar do não saber faz parte do processo de
formação do analista, de sua experiência na psicanálise em
intensão e extensão, que acontece também no espaço de
laboratório.
198 Revista da Ato – Escola de psicanálise, Belo Horizonte, Angústia, Ano I n. 0, pp. 191-200, 2015
instituição como para os professores, o sujeito que encar-
na o impossível para o Outro. Eles são “o sintoma na mira
do Outro” (SANTIAGO, 2008, p. 114). Segundo a autora,
a pesquisa intervenção “busca contemplar a dimensão da
subjetividade para ir além da mera constatação do proble-
ma” (SANTIAGO, 2008, p. 114). Seu desafio está na trans-
missão de efeitos terapêuticos e na formação dos pesquisa-
dores naquilo que os próprios sujeitos nos ensinam sobre
seus problemas. Assim, o “Me inclui fora dessa” é uma fala
de um adolescente que participou das Conversações pro-
postas por Célio Garcia em um dos laboratórios do CIEN,
por diversos momentos, tentaram “incluir” o analista no
discurso daquele que é o detentor do saber.
O trabalho se fará efetivo quando o analista,
estando avisado disso, ao ser incluído no circuito das
angustias e dos sintomas dos professores e dos adolescentes,
sustente seu lugar de suposto saber, apoiado em seu desejo
e na ética do bem-dizer, e se mantenha incluído fora dessa.
Sustentar o lugar do não saber faz parte do processo de
formação do analista, de sua experiência na psicanálise em
intensão e extensão, que acontece também no espaço de
laboratório.
198 Revista da Ato – Escola de psicanálise, Belo Horizonte, Angústia, Ano I n. 0, pp. 191-200, 2015