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efeitos da transmissãoA conversação nas escolas e o desejo do analista
canálise e de difícil sustentação numa sociedade
que se embasa no saber da ciência. Durante as
Conversações realizadas com adolescentes e pro-
fessores, os integrantes do laboratório inscrito no
CIEN (Centro Interdisciplinar de Estudos sobre
a Criança) se veem desafiados para a sustentação
desse lugar, já que são convocados a todo instante,
principalmente pelos professores, a dar soluções
rápidas que excluam a palavra e o saber que cada
um inventa. A prática das Conversações, no âm-
bito da psicanálise em extensão, que vem aconte-
cendo em instituições, em escolas, requer do ana-
lista e dos pesquisadores a formação psicanalítica.
A efetividade dessa prática se apresenta quando
o analista, estando avisado disso, ao ser incluído
no circuito das angústias e dos sintomas dos pro-
fessores e dos adolescentes, sustente seu lugar de
suposto saber, apoiado em seu desejo e na ética do
bem-dizer, e se mantenha incluído fora dessa.
Palavras-chave: Psicanálise aplicada à Educação,
Desejo do analista, Conversação.
Este trabalho nasceu dentro da proposta de
pesquisa e intervenção4 no espaço escolar envolvendo o
4 Pesquisas de Mestrado vinculadas à Faculdade de Educação da Universidade
Federal de Minas Gerais, à Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais e à Universidade do Vale do Sapucaí, intituladas, respectivamente
– Uma Experiência de conversação com adolescentes agressivos no espaço
escolar: O que eles dizem? – a (Re) Inserção dos Adolescentes em Medida
Socioeducativa de Liberdade Assistida em Escolas Públicas de Belo
Horizonte – Formação Docente e a Diversidade no Contexto Escolar.
192 Revista da Ato – Escola de psicanálise, Belo Horizonte, Angústia, Ano I n. 0, pp. 191-200, 2015
canálise e de difícil sustentação numa sociedade
que se embasa no saber da ciência. Durante as
Conversações realizadas com adolescentes e pro-
fessores, os integrantes do laboratório inscrito no
CIEN (Centro Interdisciplinar de Estudos sobre
a Criança) se veem desafiados para a sustentação
desse lugar, já que são convocados a todo instante,
principalmente pelos professores, a dar soluções
rápidas que excluam a palavra e o saber que cada
um inventa. A prática das Conversações, no âm-
bito da psicanálise em extensão, que vem aconte-
cendo em instituições, em escolas, requer do ana-
lista e dos pesquisadores a formação psicanalítica.
A efetividade dessa prática se apresenta quando
o analista, estando avisado disso, ao ser incluído
no circuito das angústias e dos sintomas dos pro-
fessores e dos adolescentes, sustente seu lugar de
suposto saber, apoiado em seu desejo e na ética do
bem-dizer, e se mantenha incluído fora dessa.
Palavras-chave: Psicanálise aplicada à Educação,
Desejo do analista, Conversação.
Este trabalho nasceu dentro da proposta de
pesquisa e intervenção4 no espaço escolar envolvendo o
4 Pesquisas de Mestrado vinculadas à Faculdade de Educação da Universidade
Federal de Minas Gerais, à Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais e à Universidade do Vale do Sapucaí, intituladas, respectivamente
– Uma Experiência de conversação com adolescentes agressivos no espaço
escolar: O que eles dizem? – a (Re) Inserção dos Adolescentes em Medida
Socioeducativa de Liberdade Assistida em Escolas Públicas de Belo
Horizonte – Formação Docente e a Diversidade no Contexto Escolar.
192 Revista da Ato – Escola de psicanálise, Belo Horizonte, Angústia, Ano I n. 0, pp. 191-200, 2015