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Perigo e trauma: a questão do Revista da Ato – Escola de psicanálise | Belo Horizonte | Angústia | Ano I n. 0 | 2015
objeto na angústia
Wagner Bernardes1
Sumário: Neste artigo, o autor examina as reações
do sujeito diante da perda do objeto. Traça a
distinção entre a angústia como reação automática
a uma situação traumática de desamparo e a
angústia como sinal de perigo, que antecipa a
iminência dessa situação. Aborda, também, as
relações entre a angústia, a dor e o luto
Palavras-chave: Angústia, Desamparo, Dor,
Objeto.
Examinaremos, neste artigo, uma das questões
levantadas por Freud em “Inibições, Sintomas e Angústia”.
Estaria a angústia a serviço da defesa, ao assinalar um
perigo iminente a ser evitado, ou seria, ela própria, uma
invasão que deixaria o sujeito sem recursos?
Comecemos pelo ato do nascimento, protótipo
de todas as situações de perigo. Nele, o ataque de angústia
1 Psicanalista. Doutor em Psicologia pela UFRJ.
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objeto na angústia
Wagner Bernardes1
Sumário: Neste artigo, o autor examina as reações
do sujeito diante da perda do objeto. Traça a
distinção entre a angústia como reação automática
a uma situação traumática de desamparo e a
angústia como sinal de perigo, que antecipa a
iminência dessa situação. Aborda, também, as
relações entre a angústia, a dor e o luto
Palavras-chave: Angústia, Desamparo, Dor,
Objeto.
Examinaremos, neste artigo, uma das questões
levantadas por Freud em “Inibições, Sintomas e Angústia”.
Estaria a angústia a serviço da defesa, ao assinalar um
perigo iminente a ser evitado, ou seria, ela própria, uma
invasão que deixaria o sujeito sem recursos?
Comecemos pelo ato do nascimento, protótipo
de todas as situações de perigo. Nele, o ataque de angústia
1 Psicanalista. Doutor em Psicologia pela UFRJ.
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