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Corpo, gozo e lalangue Revista da ATO – escola de psicanálise | Belo Horizonte | Topologia e desejo do analista | Ano 3, n. 3 | 2017
Labibe Geralda Gil Alcon Mendes1
Resumo: A proposta deste texto é abordar corpo,
gozo e lalangue, e, através de fragmentos clínicos,
demonstrar que é d’alíngua que procede toda ani-
mação do gozo corporal.
Palavras-chave: Gozo. Lalangue.
Em o “Além do princípio de prazer”, Freud afirma: “Sere-
mos então compelidos a dizer que o objetivo de toda vida é
a morte” (FREUD, 1920, p. 56). Há em todo ser vivo uma
tendência para a morte. É essa tendência de retornar ao
estado inorgânico que Freud chama de pulsão de morte,
enquanto o esforço para que esse objetivo não se cumpra
de maneira natural, ele denomina de pulsão de vida. O tra-
balho da pulsão de morte se efetua no sujeito sob o co-
mando do supereu, que o leva a transgredir suas próprias
interdições e lhe exige o impossível de um gozo pulsional
sem barreiras. O supereu é estruturado como voz, ele faz
parte da estrutura fantasmática do sujeito e opera a partir
do sentimento de culpa. A implicação do sujeito nesse im-
perativo emerge no terceiro tempo do circuito da pulsão
quando se faz gozar de forma masoquista.
1 Psicanalista. Membro da ATO – escola de psicanálise.
109
Labibe Geralda Gil Alcon Mendes1
Resumo: A proposta deste texto é abordar corpo,
gozo e lalangue, e, através de fragmentos clínicos,
demonstrar que é d’alíngua que procede toda ani-
mação do gozo corporal.
Palavras-chave: Gozo. Lalangue.
Em o “Além do princípio de prazer”, Freud afirma: “Sere-
mos então compelidos a dizer que o objetivo de toda vida é
a morte” (FREUD, 1920, p. 56). Há em todo ser vivo uma
tendência para a morte. É essa tendência de retornar ao
estado inorgânico que Freud chama de pulsão de morte,
enquanto o esforço para que esse objetivo não se cumpra
de maneira natural, ele denomina de pulsão de vida. O tra-
balho da pulsão de morte se efetua no sujeito sob o co-
mando do supereu, que o leva a transgredir suas próprias
interdições e lhe exige o impossível de um gozo pulsional
sem barreiras. O supereu é estruturado como voz, ele faz
parte da estrutura fantasmática do sujeito e opera a partir
do sentimento de culpa. A implicação do sujeito nesse im-
perativo emerge no terceiro tempo do circuito da pulsão
quando se faz gozar de forma masoquista.
1 Psicanalista. Membro da ATO – escola de psicanálise.
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