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Inibição: assunto de corpo Revista da ATO – escola de psicanálise | Belo Horizonte | Inibição, sintoma, angústia: função de nominação | Ano II n. 1 | 2016

Labibe Geralda Gil Alcon Mendes1

Sumário: No presente artigo, a autora diferencia
a inibição do sintoma, define e especifica as
condições do seu surgimento, localiza no gráfico
proposto por Lacan no Seminário X a inibição em
função do movimento e da dificuldade, e finaliza
abordando a relação da inibição com a neurose
obsessiva.

Palavras chave: Inibição, sintoma, neurose
obsessiva.

Em 1926, ao escrever o artigo Inibição, sintoma
e angústia, Freud dedica um curto capítulo à inibição. No
início desse texto, Freud estabelece: uma inibição não é
necessariamente patológica, mas o sintoma sempre o é,
contudo, a inibição pode chegar a um grau no qual ela se
torna sintoma. O que diferencia a inibição do sintoma?
Ambos têm a função de evitar a angústia, porém, utilizam
mecanismos distintos para isso. O sintoma implica o
recalque para proteger o sujeito da angústia e opera a partir

1 Psicóloga. Psicanalista. Membro da ATO - escola de psicanálise.

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