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InibiçãoInibição: assunto de corpo

de uma substituição significante, que por sua vez, tem um
efeito metafórico.

Enquanto a inibição é produto de um recalque
antigo que não chama a um novo recalque.

Freud define a inibição como uma restrição
da função do eu. Lacan em 1974, no Seminário RSI,
complementa dizendo que “inibição é um assunto de corpo,
isto é, da função de um corpo que se detém por imiscuir-se
em um buraco do simbólico” (Lacan, Seminário RSI).

Segundo Freud, as inibições são restrições
das funções do eu e podem surgir sob duas condições:
- como medida de precaução - ou como resultado de
um empobrecimento de energia. De acordo com essas
condições, Freud vai falar de inibições específicas e gerais.
As específicas funcionam como medida de precaução. A
função do eu de um órgão fica alterada quando adquire
uma significação sexual, que tem como efeito um aumento
de sua erotização. Freud exemplifica: o ato de escrever
pode ganhar uma significação sexual e a partir daí, o eu
renuncia a essa função (de escrever) evitando a angústia
que acarretaria um novo recalque. Na neurose obsessiva
muitos de seus atos vêm a ser medidas de precaução e de
segurança contra experiências sexuais. As inibições gerais
funcionam de acordo com a segunda condição, que diz de
um empobrecimento de energia (é o caso do luto e dos
sintomas). O eu fica absorvido em um trabalho psíquico

16 Revista da ATO – escola de psicanálise, Belo Horizonte, Inibição, sintoma, angústia, Ano II n. 1, pp. 15-23, 2016
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