Page 91 - Revista Ato_Ano_2_n_1
P. 91
Viviane Gambogi Cardoso
identidade vazia do ser. Por isso ela é uma forma de nome- Função de nominação
ar a falta no registro imaginário.
A função do Nome do pai na última lição do
RSI não se reduz “ao estatuto de significante, na medida
em que há algo na função paterna que não entra na
ordem significante, que não é integrável ao simbólico”
(RODRIGUES, 2013, p.129).
É o pai real. Um pai que n’homeia, que
cria um nome para algo que passa então a ex-sistir. A
nominação toca o real, por isso vai além, tem a ver com
um ultrapassamento. Essa outra função do pai “permite ao
sujeito tomar a palavra” (RODRIGUES, 2007, p. 114)...e
fazer uso da riqueza de suas modalidades.
Como pensar a função de nominação e do pai
real na Escola?
A Escola de psicanálise não é pura dispersão. Ela
tem uma consistência imaginaria, simbólica e real assim
como uma ex-sistência e um buraco que a fazem funcionar
borroneamente. Ela não é composta somente de analistas.
Existem sujeitos que põem a escola em funcionamento
promovendo a circulação dos discursos. Sujeitos que
concluíram ou estão com suas análises em andamento,
e que são atravessados por seus sintomas, inibições e
angústias. Nos momentos de crise ou a cada impasse que
se experimenta em um Escola, essas formas de laços, de
nominações, entram em jogo para tentar lidar com o real
que assola. Há que se promover um ultrapassamento, ir
Revista da ATO – escola de psicanálise, Belo Horizonte, Inibição, sintoma, angústia, Ano II n. 1, pp. 87-93, 2016 91
identidade vazia do ser. Por isso ela é uma forma de nome- Função de nominação
ar a falta no registro imaginário.
A função do Nome do pai na última lição do
RSI não se reduz “ao estatuto de significante, na medida
em que há algo na função paterna que não entra na
ordem significante, que não é integrável ao simbólico”
(RODRIGUES, 2013, p.129).
É o pai real. Um pai que n’homeia, que
cria um nome para algo que passa então a ex-sistir. A
nominação toca o real, por isso vai além, tem a ver com
um ultrapassamento. Essa outra função do pai “permite ao
sujeito tomar a palavra” (RODRIGUES, 2007, p. 114)...e
fazer uso da riqueza de suas modalidades.
Como pensar a função de nominação e do pai
real na Escola?
A Escola de psicanálise não é pura dispersão. Ela
tem uma consistência imaginaria, simbólica e real assim
como uma ex-sistência e um buraco que a fazem funcionar
borroneamente. Ela não é composta somente de analistas.
Existem sujeitos que põem a escola em funcionamento
promovendo a circulação dos discursos. Sujeitos que
concluíram ou estão com suas análises em andamento,
e que são atravessados por seus sintomas, inibições e
angústias. Nos momentos de crise ou a cada impasse que
se experimenta em um Escola, essas formas de laços, de
nominações, entram em jogo para tentar lidar com o real
que assola. Há que se promover um ultrapassamento, ir
Revista da ATO – escola de psicanálise, Belo Horizonte, Inibição, sintoma, angústia, Ano II n. 1, pp. 87-93, 2016 91