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Função de nominaçãoNó e letra

invadido pelo gozo sem fim e a demanda pulsional é vivida
como ameaça pelo eu. A angústia é uma borda, um litoral
para o analista, que sabe que na angústia o corpo não está
totalmente sob o gozo do Outro. A angústia é de castração,
força que se escreva e Freud o faz com o falo simbólico. A
angústia produz o entre dois, de um Outro ao outro, que
Freud demonstra e faz necessária a escrita do terceiro, do
falo como letra da não relação. É a função da castração,
da qual Freud não abre mão, sustentada numa estrutura
nodal.

O inconsciente se faz contar pelas formações,
mas não comunica nada. Estrutura-se se servindo do
analista para escrever. No discurso psicanalítico, desata e
ata, trança e tece, faz nó de letra.

Abstract: We are in the work of the inconscious.
The proposition to the psychoanalist of topologizing
the experience suports itself on reading Freud’s
texts ipsis litteris. Freud points the three registers
allowing a borromeanian scipture. Guides us in
the economy that ties the Phallus (real, simbolic
and imaginary) and castration. Invents the cut
that ties.

Key words: real, simbolic, imaginary, inibition,
tying, symptome, unconscious, anguish,
castration.

118 Revista da ATO – escola de psicanálise, Belo Horizonte, Inibição, sintoma, angústia, Ano II n. 1, pp. 111-119, 2016
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