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angústia, nominação realMomento de concluir
Esse aspecto nos permite então colocar em dis-
cussão a indagação sobre qual seria, na verdade, a relação
entre angústia e castração, uma vez que ele está sempre a
considerar o anseio pelo objeto como um propulsor para
esclarecer sobre a angústia, e “que não haveria perigo al-
gum em considerar a angústia de castração como a única
força motora dos processos defensivos que conduzem à neu-
rose” (FREUD, v. XX, 1996, p.141).
Seguindo por essa trilha específica, Freud
esclarece que o eu, logo que reconhece o perigo da
castração, dá o sinal de angústia e inibe através da instância
prazer-desprazer o iminente processo catexial, ao mesmo
tempo em que se forma a fobia, como ele exemplifica a
partir do caso Hans.
A angústia de castração foi assim dirigida
para um objeto diferente e expressa de forma distorcida
(formação substituta) que provoca uma inibição a fim de
ficar livre do perigo e da angústia. Angústia realística que
o eu sente em situações de perigo (FREUD, v. XX, 1996,
p.126), salvo se seu conteúdo permanece inconsciente e
apenas se torna consciente sob a forma de uma distorção.
Mas isso não atinge uma profundidade suficien-
te, uma vez que seria mais verdadeiro dizer que se criam
sintomas a fim de evitar uma situação de perigo cuja pre-
sença foi assinalada pela geração de angústia.
Tanto Freud quanto Lacan interrogam sobre o
que é realmente a angústia e sua função.
52 Revista da Ato – Escola de psicanálise, Belo Horizonte, Angústia, Ano I n. 0, pp. 51-58, 2015
Esse aspecto nos permite então colocar em dis-
cussão a indagação sobre qual seria, na verdade, a relação
entre angústia e castração, uma vez que ele está sempre a
considerar o anseio pelo objeto como um propulsor para
esclarecer sobre a angústia, e “que não haveria perigo al-
gum em considerar a angústia de castração como a única
força motora dos processos defensivos que conduzem à neu-
rose” (FREUD, v. XX, 1996, p.141).
Seguindo por essa trilha específica, Freud
esclarece que o eu, logo que reconhece o perigo da
castração, dá o sinal de angústia e inibe através da instância
prazer-desprazer o iminente processo catexial, ao mesmo
tempo em que se forma a fobia, como ele exemplifica a
partir do caso Hans.
A angústia de castração foi assim dirigida
para um objeto diferente e expressa de forma distorcida
(formação substituta) que provoca uma inibição a fim de
ficar livre do perigo e da angústia. Angústia realística que
o eu sente em situações de perigo (FREUD, v. XX, 1996,
p.126), salvo se seu conteúdo permanece inconsciente e
apenas se torna consciente sob a forma de uma distorção.
Mas isso não atinge uma profundidade suficien-
te, uma vez que seria mais verdadeiro dizer que se criam
sintomas a fim de evitar uma situação de perigo cuja pre-
sença foi assinalada pela geração de angústia.
Tanto Freud quanto Lacan interrogam sobre o
que é realmente a angústia e sua função.
52 Revista da Ato – Escola de psicanálise, Belo Horizonte, Angústia, Ano I n. 0, pp. 51-58, 2015