Page 34 - Revista ATO Ano 4 N 4
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A economia pulsional, o gozo e sua lógicaA lógica na formalização do Um do campo do Uniano
lalangue, sons encarnados daquele sujeito. Esses sons
impregnados de afeto são marcas de gozo, inscritas como
letra. Lacan vai chamar essas marcas de uns matemáticos,
que transitam incansavelmente pela linguagem como
ex-sistência. Os uns matemáticos correspondem ao
traumatismo intraduzível, indestrutível.
Lacan afirma que “o gozo, tal como funciona como
necessidade de discurso, ele só funciona como inexistência”
(LACAN, 1971-72, p. 50). Esses Uns, que passeiam
incansavelmente, é o automatismo de repetição, isto é,
o sintoma. “Lembrando que a inexistência é a própria
consistência do sintoma” (LACAN, 1971-72, p. 49).
Quando o analista, pela orelha, recorta paralela no S2, esse
símbolo contém a verdade. Essa verdade é sustentada pelo
álefe zero que é a pulsação da falta. O álefe zero é habitado
pelo 0 e 1. Assim a verdade irá franquear o conjunto aberto
de letras p.a.r.a.l.e.l.a., e estas vão se juntar, e dos sons
de lalangue produz o dizer lógico “para ela” e libera o
objeto a e a consistência imaginária, consequentemente,
os sintomas de náuseas, de dores de cabeça e de vômitos
deixam de existir.
Resumen: La propuesta de este texto es tratar la
lógica en la formalización del significante Uno del
campo del Uniano. Inicialmente la autora estable-
ce la distinción Unario, Uniano. En un movimiento
creciente trabaja la lógica para caracterizar la sexu-
alidad como sexuación, situando allí el significante
34 Revista da ATO – escola de psicanálise, Belo Horizonte, ano 4, n. 4, p. 29-35, 2018
lalangue, sons encarnados daquele sujeito. Esses sons
impregnados de afeto são marcas de gozo, inscritas como
letra. Lacan vai chamar essas marcas de uns matemáticos,
que transitam incansavelmente pela linguagem como
ex-sistência. Os uns matemáticos correspondem ao
traumatismo intraduzível, indestrutível.
Lacan afirma que “o gozo, tal como funciona como
necessidade de discurso, ele só funciona como inexistência”
(LACAN, 1971-72, p. 50). Esses Uns, que passeiam
incansavelmente, é o automatismo de repetição, isto é,
o sintoma. “Lembrando que a inexistência é a própria
consistência do sintoma” (LACAN, 1971-72, p. 49).
Quando o analista, pela orelha, recorta paralela no S2, esse
símbolo contém a verdade. Essa verdade é sustentada pelo
álefe zero que é a pulsação da falta. O álefe zero é habitado
pelo 0 e 1. Assim a verdade irá franquear o conjunto aberto
de letras p.a.r.a.l.e.l.a., e estas vão se juntar, e dos sons
de lalangue produz o dizer lógico “para ela” e libera o
objeto a e a consistência imaginária, consequentemente,
os sintomas de náuseas, de dores de cabeça e de vômitos
deixam de existir.
Resumen: La propuesta de este texto es tratar la
lógica en la formalización del significante Uno del
campo del Uniano. Inicialmente la autora estable-
ce la distinción Unario, Uniano. En un movimiento
creciente trabaja la lógica para caracterizar la sexu-
alidad como sexuación, situando allí el significante
34 Revista da ATO – escola de psicanálise, Belo Horizonte, ano 4, n. 4, p. 29-35, 2018
