Page 31 - Revista ATO Ano 4 N 4
P. 31
Labibe Geralda Gil Alcon Mendes
de linguagem, produz o gozo sexual sustentado pelo A economia pulsional, o gozo e sua lógica
significante fálico. No caso da posição feminina, esta não
provém totalmente do universal, sua fórmula na sexuação
é ∀x ɸ x não para todo x falo de x. Isso quer dizer que
a mulher é não toda inscrita na função fálica pelo fato de
constatar a insistência do real atrelado à sexualidade. Os
sujeitos que se localizam nessa posição estão submetidos
ao gozo do corpo inominável, sem localização, sem medida,
que determina a presença de uma relação ao infinito. A
fórmula ∃xɸx traz o impossível na tábua da sexuação, não
há significante, é o lugar do vazio. A escrita vem marcar
o lugar deste real que não pode se escrever. A lógica vem
demonstrar o que se funda a partir da inexistência. Com
a condição de inexistência, temos a possibilidade de
engendrar uma necessidade. Lacan (1971-1972) coloca do
lado esquerdo da fórmula do impossível o necessário, cuja
fórmula é ∃xɸx, que diz existir sim um significante para
o qual a função fálica é negada. Esse significante é o Um
matemático, significante do gozo do corpo. Algo passa a
existir onde o pulsional insiste. Sobre isso, Vidal escreve:
“Entre o ∃xɸx e ∃xɸx se situa a questão da existência que se
enuncia a partir de uma inexistência correlativa. Ex-sistire,
tomar seu ponto de apoio correlativo em um fora que não é”
(VIDAL, 2001, p. 50-51). E é precisamente isso que demarca
o campo do Uniano o que existe ao não ser. Campolina, em
seu seminário de 2017: “Abordagem topológica da presença
do analista” diz: “A ex-sistência são os Uns como pontos
de letras que passeiam pela linguagem”. No momento,
em que esses pontos se ordenam e formam um conjunto
fechado de letras, aí, surge o significante da existência.
Revista da ATO – escola de psicanálise, Belo Horizonte, ano 4, n. 4, p. 29-35, 2018 31
de linguagem, produz o gozo sexual sustentado pelo A economia pulsional, o gozo e sua lógica
significante fálico. No caso da posição feminina, esta não
provém totalmente do universal, sua fórmula na sexuação
é ∀x ɸ x não para todo x falo de x. Isso quer dizer que
a mulher é não toda inscrita na função fálica pelo fato de
constatar a insistência do real atrelado à sexualidade. Os
sujeitos que se localizam nessa posição estão submetidos
ao gozo do corpo inominável, sem localização, sem medida,
que determina a presença de uma relação ao infinito. A
fórmula ∃xɸx traz o impossível na tábua da sexuação, não
há significante, é o lugar do vazio. A escrita vem marcar
o lugar deste real que não pode se escrever. A lógica vem
demonstrar o que se funda a partir da inexistência. Com
a condição de inexistência, temos a possibilidade de
engendrar uma necessidade. Lacan (1971-1972) coloca do
lado esquerdo da fórmula do impossível o necessário, cuja
fórmula é ∃xɸx, que diz existir sim um significante para
o qual a função fálica é negada. Esse significante é o Um
matemático, significante do gozo do corpo. Algo passa a
existir onde o pulsional insiste. Sobre isso, Vidal escreve:
“Entre o ∃xɸx e ∃xɸx se situa a questão da existência que se
enuncia a partir de uma inexistência correlativa. Ex-sistire,
tomar seu ponto de apoio correlativo em um fora que não é”
(VIDAL, 2001, p. 50-51). E é precisamente isso que demarca
o campo do Uniano o que existe ao não ser. Campolina, em
seu seminário de 2017: “Abordagem topológica da presença
do analista” diz: “A ex-sistência são os Uns como pontos
de letras que passeiam pela linguagem”. No momento,
em que esses pontos se ordenam e formam um conjunto
fechado de letras, aí, surge o significante da existência.
Revista da ATO – escola de psicanálise, Belo Horizonte, ano 4, n. 4, p. 29-35, 2018 31