Tema

A economia pulsional, o gozo e sua lógica

Temos como proposta para 2017 articular o conceito de pulsão em Freud com o conceito de gozo em Lacan, pois já prevemos que nessa trajetória a economia pulsional e toda sua lógica, inerente a essa questão, irá se destacar de forma    primordial, fazendo-nos verificar sua articulação na práxis psicanalítica.

Em 1915, Freud inclui um terceiro termo à sua metapsicologia, o econômico, para descrever os processos psíquicos; uma tentativa para dar conta do que havia formulado sobre o aparelho psíquico regulado pela série prazer/desprazer.

“Economia”, um termo usado por Freud para falar do campo pulsional.

Para que se constitua o campo pulsional é preciso considerar o que advém da experiência corporal e o representante psíquico que marca a impossibilidade da satisfação absoluta com os objetos da pulsão.

Estamos falando de uma distribuição, uma repartição de gozo que tanto pode ser pensada em termos do sujeito, na analise em intensão, quanto no campo da extensão, ou seja, a psicanálise em relação aos outros discursos, enfim, em tudo que “presentifica e  propaga a psicanálise  no mundo”. (LACAN, 1967)

A pulsão é um conceito em que Freud nomeia a complexa relação da sexualidade com o psiquismo. Diz Lacan: “a pulsão é a montagem pela qual a sexualidade participa da vida psíquica de uma maneira que deva conformar-se à estrutura da hiância que é a do inconsciente”. (LACAN, 1973)

Pela via do significante da falta do Outro, S(A/),  a estrutura da hiância que é a do inconsciente, abre a questão de um gozo à deriva do Outro.

A proposição de trabalho da ATO- escola de psicanálise para 2017 – A economia pulsional, o gozo e sua lógica – é trazer de volta, ao plano em que pode se fazer presente, o que emerge da realidade do inconsciente, aquilo que diz respeito à pulsão.

Estão todos convidados ao trabalho!