Membros - Ato Escola de Psicanalise

Formação

A formação em psicanálise não se trata de um título, de uma nomeação concedida, trata-se de um trajeto ético, um grande desafio, onde se experimenta a falta, a castração e a construção do desejo do analista.

Segundo Freud, a formação do analista se dá sobre o tripé: análise pessoal, conhecimento teórico e supervisão.

Lacan, na “Proposição sobre o Psicanalista da Escola”, apresenta “um princípio: o psicanalista só se autoriza de si mesmo. […] Isso não impede que a Escola garanta que um analista depende (sic) de sua formação. Ela pode fazê-lo por sua própria iniciativa.”

A ATO – escola de psicanálise, sustentada pelos ensinamentos de Freud e Lacan e comprometida com o ensino e a transmissão da psicanálise, acolhe as pessoas que se interessam em iniciar ou continuar sua formação e oferece dispositivos como seminários, cartéis, encontros, jornadas, análise pessoal e supervisão, possibilitando, assim, que cada um se aposse da sua formação, tendo como única garantia o desejo em causa.

Os seminários oferecidos pela Ato para o ano de 2024 são:

Seminário de Freud e Lacan

Qual é o lugar do analista? Lacan confere ao analista o lugar do morto. Seria um lugar de indiferença, frieza, neutralidade? Somos prevenidos de que o analista deve se manter neutro. Sabemos, no entanto, que, em sua função, é, forçosamente, alguém que se compromete.

A neutralidade do analista diz respeito ao próprio eu, ao apagamento dos seus ideais e de seus sentimentos. É preciso que ele não se engane com seu próprio fantasma. Sua função é a de ser um semblante de objeto a, causa de desejo, “simulacro do real a ser contornado, usado, descartado” (VAZ, 2007, p. 222).

O lugar de onde o analista opera e se sustenta é um lugar de hiância, de real, inominável! Seria esse um lugar vazio?

Trabalharemos, neste seminário, a noção de objeto e suas vertentes com vistas à apreensão da posição do analista como semblante de objeto a.

Os interessados nesse estudo podem se inscrever pelo e-mail dos coordenadores.

• Ana Maria Fabrino Favato 
(31) 99111-6792  | amfavato@gmail.com

 Marília Pires Botelho  
(31) 99764-7142 | mariliapbotelho@yahoo.com.br

 Viviane Gambogi Cardoso  
(31) 99237-0427 | vivigambogi@gmail.com 

Seminário: Inconsciente

Inconsciente é um dos conceitos fundamentais da psicanálise. Foi elaborado por Freud para dar conta de sintomas que, não tendo causa física, também não eram produto da consciência.

O Inconsciente, escrito por Freud, em 1915, é um dos artigos da Metapsicologia e é considerado o mais importante dos escritos teóricos de Freud. Ele inicia o texto se perguntando como ter conhecimento do inconsciente. E sua resposta é: certamente só depois que ele sofreu transformação ou tradução para algo consciente. 

Para Freud o inconsciente se manifesta nos sonhos, nos atos falhos, no chiste, nos sintomas e abrange tanto atos latentes quanto processos recalcados.

Lacan, no retorno a Freud, diz que “o inconsciente é estruturado como uma linguagem” e que o “inconsciente é a soma dos efeitos da palavra sobre o sujeito, no plano em que o sujeito se constitui pelos efeitos do significante.” (LACAN,1964)

Para Lacan, o inconsciente se manifesta sempre como o que vacila num corte do sujeito, no lugar onde uma hiância se produz e é, no modo do tropeço, que ele aparece.

Pretendemos, neste seminário, acompanhar as formulações do  Inconsciente de Freud e de Lacan, assim como suas implicações clínicas.

• Maria Aparecida O. do Nascimento
(31) 99152-6863 | maonascimento@gmail.com

• Sirlene Vieira da Cruz

(31) 99602-1069 | sirlenevieira2003@yahoo.com.br

Seminário da criança e do adolescente

Em 2024, pensamos em uma proposta ousada para trabalhar dois casos clínicos de Freud à luz da teoria dos nós de Lacan. Os nós borromeanos foram utilizados por Lacan, para abordar a clínica em sua perspectiva de enlaçamentos e nominações que o sujeito faz, ao longo da vida, aliando a sincronia – as pulsões que se apresentam com violência na adolescência e fazem vacilar o equilíbrio da latência – e a diacronia – uma série de acontecimentos traumáticos e contingenciais. Com isso, desconstrói-se, em parte, a noção de estruturas clínicas que podem fixar um diagnóstico. Os casos que pretendemos trabalhar seriam o da “Jovem homossexual” e o “Caso Dora”. Ambos relacionados a jovens adolescentes em meio a suas vivências conturbadas com a sexualidade, ou melhor, com o real do sexo. Partiremos desses casos freudianos clássicos,para chegar à atualidade, mostrando a atemporalidade do inconsciente.

• Maria de Fátima Chadid
(31) 9981-39664 | fatimachadid@yahoo.com.br

• Viviane Gambogi Cardoso

(31) 9923-70427 | vivigambogi@gmail.com

Seminário: O nó Borromeano – uma mostração do real

Lacan passou a se interessar pelo nó borromeano ao perceber um abuso de sentido entre os analistas, um excesso de compreensão que impediria a verificação da própria experiência analítica. Na lição de 15 de abril de 1975, Lacan afirma que o Nó Borromeu é essencial, crucial para a nossa prática.  O que faz o nó não é a representação, mas o que escapa à representação. O nó não é o modelo, mas o suporte. O nó não é a realidade, é o real.

Os interessados podem entrar em contato por intermédio do telefone ou do e-mail abaixo.

• Maria Luiza Bassi
(31) 99990-9705 | ml.bassi60@gmail.com

Participação:
• Marília Pires Botelho
• Viviane Gambogi Cardoso

Seminário: O vazio do discurso

Em 2024, ofereceremos a escrita lacaniana dos discursos.  Examinaremos os principais pontos da construção lógica, feita por Lacan, em “O Seminário 17: O avesso da psicanálise”. A escrita dos discursos é a forma algébrica expressa nos matemas. Um matema é um meio de se poder ensinar, algo que se pode transmitir. No campo da psicanálise, é uma tentativa de transmitir o real da estrutura que o discurso suporta.

• Marcilena Toledo 
(35) 99902-6464 | marcilena@gmail.com